Exames de competências para políticos

“O Governo quer mesmo avançar com o exame de competências para os professores. Após anos investidos na sua formação superior, após a licenciatura concluída, após o estágio obrigatório e avaliado, após anos de experiência no terreno – e considerando que já têm a avaliação contínua, que mede e classifica o trabalho dos professores -, este Governo quer, agora, sujeitar os professores a mais um exame de competências. O Governo quer ainda excluir do Ensino Público os professores que tiverem menos de 14 neste “exame”, numa escada de 0 a 20. Pior, para irem à guilhotina, os professores terão de pagar 20 euros por cada componente em que serão avaliados. Se decidirem ser avaliados a mais que uma componente, pagam mais. Detalhe de especial fofura: professores das instituições de ensino privadas não vão a exame, claro. Para quem ainda não tenha percebido o propósito desta medida, é simples: é mais uma forma de expulsar professores do Ensino Público, empurrando-os para o sector privado. Então e um exame de competências para membros do Governo, não lhes ocorre? Lá, entram todos, desde ministros que adulteram o currículo – para esconderem passagens pelo BPN – a ministros que referem ter licenciaturas – quando nem à faculdade foram – até ministros cuja única experiência profissional que têm é a gestão de empresas que foram à falência. Estes, cuja responsabilidade que têm sobre os ombros fará Portugal crescer ou cair, não são avaliados. Os professores, que são uma das classes profissionais em Portugal com melhor formação académica e profissional, têm de ser avaliados e de ter notas acima de 14 em 20, sob pena de serem expulsos da carreira. E agora, já se vê a verdadeira face deste Governo? @[447710301955615:274:Uma Página Numa Rede Social]”