Daily Archives: Janeiro 27, 2010

Sinto Vergonha de Mim – Rui Barbosa

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !

***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.

(Rui Barbosa)

Motivação – 439

“Não tenha medo de promessas. É apenas uma questão de prometer apenas o que pode cumprir e cumprir o que promete. Pode fazê-lo.”

MANOWAR “Gates of Valhalla”

In Norse mythology, Valhalla (from Old Norse Valhöll “hall of the slain”) is a majestic, enormous hall located in Asgard, ruled over by the god Odin. Chosen by Odin, half of those that die in combat travel to Valhalla upon death, led by valkyries, while the other half go to the goddess Freyja’s field Fólkvangr. In Valhalla, the dead join the masses of those who have died in combat known as Einherjar, as well as various legendary Germanic heroes and kings, as they prepare to aid Odin during the events of Ragnarök. Before the hall stands the golden tree Glasir, and the hall’s ceiling is thatched with golden shields. Various creatures live around Valhalla, such as the stag Eikþyrnir and the goat Heiðrún, both described as standing atop Valhalla and consuming the foliage of the tree Læraðr.

Valhalla is attested in the Poetic Edda, compiled in the 13th century from earlier traditional sources, the Prose Edda, written in the 13th century by Snorri Sturluson, in Heimskringla, also written in the 13th century by Snorri Sturluson, and in stanzas of an anonymous 10th century poem commemorating the death of a Eric Bloodaxe known as Eiríksmál as compiled in Fagrskinna. Valhalla has inspired various works of art, publication titles, popular culture references, and has become a term synonymous with a martial (or otherwise) hall of the chosen dead.